Para 2020/2021, as projeções indicam que a demanda global de café supere a oferta em 9,8 milhões de sacas de 60 Kg, provocando um aumento dos estoques globais. A expansão da produção global é puxada pela segunda maior safra da história do Brasil, estimada em 61,6 milhões de sacas de 60 Kg (+25% ante 2019/2020).
Segundo análise da Cogo – Inteligência em Agronegócio, existe um cenário de desinvestimentos em diversos países, devido aos baixos preços dos últimos anos. Vietnã e Brasil, os dois maiores produtores globais, conseguem conviver por mais tempo com os patamares baixos das cotações, já que têm custos de produção menores. O consumo global de café deverá crescer 1,4% em 2020/2021, abaixo da média da última década e em linha com o crescimento mais lento esperado para a economia global.
A condição climática nos cafezais brasileiros deve influenciar o mercado global nos próximos meses. Um possível atraso das chuvas poderá prejudicar as lavouras e consequentemente o potencial de safra para o ano que vem (2021/2022), que será de ciclo baixo. Além das incertezas climáticas, o mercado de café tem sido sustentado pelo alto percentual já comercializado da safra atual (2020/2021), acima de 70%, que deve moderar uma eventual pressão vendedora pelos cafeicultores brasileiros.
Fonte: Canal Rural