Nos dias 23 e 24 de Outubro, aconteceu em São Paulo o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), onde foi apresentada a pesquisa: “Percepção do Agronegócio Brasileiro na Europa”, que foi realizada no Reino Unido, Alemanha, França e Republica Tcheca.
A pesquisa levantou informações importantes sobre o posicionamento do agronegócio brasileiro, e principalmente apresentou o café, como o principal produto propaganda.
Com índices superiores a 75% de reputação positiva, o café brasileiro é destaque dos indicadores, e o país que melhor avaliou o produto foi a Alemanha.
O estudo apresentou ainda, que a cadeia florestal do país apresenta os piores percentuais, com cerca de 40% de reputação positiva, devido aos altos índices de desmatamento do país.
José Antonio Silva, diretor da consultoria europeia OnStrategy, que conduziu a pesquisa, relaciona os problemas de narrativa do setor com a governabilidade, e diz: “Na ótica de ESG, os europeus sentem a ausência de um líder que represente o agro brasileiro”.
O pesquisador diz que o setor é visto como um ramo de prosperidade, mas que não distribui riqueza, não gera empregos e nem cultura de aspectos socioambientais.
O país que menos reconhece o agronegócio brasileiro é a Republica Tcheca, já quem tem uma baixa relação comercial com o Brasil.
A pesquisa entrevistou cerca de 590 mil pessoas, com métodos de consulta qualitativos e quantitativos, relacionados a pontos como: notoriedade, posicionamento, reputação e prosperidade, e os países foram escolhidos a partir da sua relação com o Brasil e o impacto que podem ter no setor.
E todo o mapeamento foi realizado com o objetivo de traçar um plano de comunicação para a marca agro brasileiro, que está sendo realizado por associações setoriais.
Gislaine Balbinot, diretora executiva da Associação Brasileira do Agronegócio, atribuiu a falta de um porta-voz que represente todas as cadeias fora do país, e tem feito reuniões com o governo braileiro em fóruns internacionais para comprovar as práticas sustentáveis que o setor adota já que segundo ela: “já estamos cumprindo as exigências do pacto verde, no entanto, não estamos conseguindo provar”.
Fonte: Globo Rural.